Desvendando o Sentido da Vida

Pequena homenagem ao meu blog de Tirinhas favorito!

Desvendando o sentido da vida segundo Um Sabado Qualquer  …

Desenhei com Adobe Illustrator CS4 – Wacom Bamboo Pen & Touch.

Resposta à tirinha: 574- O Sentido da Vida

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Independência

Procuramos independência
Acreditamos na distância entre nós

— Independência [Capital Inicial]

Não depender de ninguém parece uma ótima ideia: ir e vir; não ter que dar satisfação; acordar a hora que quiser; morar sozinho e não ter que ver a cara de ninguém quando chegar em casa; deixar a toalha em cima da cama. Dolce illusione…

Não existe a tal independência, sempre vamos depender de alguém; sei que toda generalização é perigosa, mas deixe-me convencê-lo de que esta é verdadeira. O ser humano é um animal puramente social, isto é, depende de uma sociedade para existir e até na bíblia (o livro mais antigo do mundo), em Genesis 2, Deus disse que “não é bom que o homem esteja só”. Afinal, porque almejamos tanto a tal independência?

Tenho algumas teorias, mas a que gosto mais é que estamos sendo enganados por essa filosofia social dominante. A ideia de ter tudo o que se desejar está jogando a maior população de seres humanos da história da terra na solidão; essa nossa mania de pensar em nós mesmos, no nosso próprio prazer e satisfação, está tornando o nosso modelo social inviável.

Jamais será possível que todos as pessoas do planeta tenham o mesmo estilo de vida de um americano morador da Califórnia, afinal com a quantidade de recursos naturais que a terra dispõe é impossível; e além de não existirem recursos, imagine a solidão que seria se todos nós tivéssemos tudo o que precisamos sem ter que pedir nada pra ninguém; sim, imagine um mundo onde todos são plenamente satisfeitos: não existe a necessidade do outro, não há porque pedir ajuda, não precisamos um dos outros. Imagine um mundo onde não há miséria e todos moram sozinhos. Nesse mundo cada pessoa terá seu carro e todos ficaríamos sozinhos presos nos maiores engarrafamentos que pudermos imaginar, horas e horas ouvindo no rádio músicas feitas por bandas de um único integrante.

Nesse mundo de satisfação plena talvez a comunicação fosse desnecessária, afinal, pra quê comunicar? Desaprenderíamos a falar, não precisaríamos mais cantar… A independência é em última instância um caminho aberto para o nosso fracasso social. Relacionamentos? Porque perder tempo sofrendo em um casamento? Gastar dinheiro com namoro? estaríamos plenamente satisfeitos e não precisaríamos mais de sexo, não precisamos nos relacionar para satisfazer nossos instintos mais primais. Portanto, o nosso conceito de independência pode ser classificado como um absurdo social, afinal se opõe de maneira clara àquele que é o conceito basico de uma sociedade: a interdependência inerente a existência de cada ser humano.

Assim, posso concluir que independência é um conceito nocivo, um veneno social. E por tabela, essa filosofia que tenta nos convencer de que há uma independência possível é simplesmente uma mentira. Dependa de alguém porque além de ser saudável, é um exercício de humildade. Reconhecer que se precisa de alguém é  muito importante; e se você confia em Deus, dependa dEle e da igreja. Diga aos seus amigos que você precisa deles, todos nos precisamos uns dos outros, porque  fazendo isso entendemos que depender de alguém é uma benção (e uma necessidade) que poucos conseguem aceitar. Independência é sinônimo de solidão.

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70×7

Quantas vezes se deve perdoar alguém? Jesus disse que deveriamos perdoar 70 vezes 7… então se alguém pecar contra você 490 vezes você não precisa mais perdoar esta pessoa, certo? Talvez tecnicamente, mas na prática acho que a verdade é outra, afinal perdoar é uma arte.

Vamos delimitar nosso número: imagine perdoar 3 vezes a mesma pessoa, seria fácil? Imagine mais, que tal se esta mesma pessoa fez exatamente a mesma coisa 3 vezes, o que você faria? Perdoaria? Simples assim? Mas e você como fica? Afinal, é preciso ser justo… E por fim fica a pergunta, o que é perdoar?

Perdoar de verdade é lembrar sem magoas? É esquecer? Eu não faço a menor ideia do que seja perdoar, mas é preciso perdoar sim, sempre! A começar por si mesmo, então como no post anterior eu fui acusado de ser um sujeito sem caráter, escrevo este post para me lembrar que devo me perdoar primeiramente, depois, perdoar quem me fez mal.  E pedir desculpas sim, afinal eu costumava dizer que desculpas eram gentilezas atrasadas, mas deixei de pensar assim tem algum tempo… desculpar-se por mais que não desfaça o mal feito, pelo menos demonstra interesse em reparar de alguma forma e isso já ajuda bastante.

Perdoar, perdoar-se e pedir perdão, eis uma triade que deve ser praticada!

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Caráter

Ela me disse que eu não tinha caráter e que por isso não seria mais minha amiga, e eu disse a ela que não a procuraria mais. Quantas pessoas já tiveram vontade de me dizer estas palavras, me perguntei. Essa conversa mexeu demais comigo, pensei horas e horas pra tentar entender o que eu não consegui. Afinal o que é caráter? Talvez seja esse o meu problema …

Magoar pessoas parece que faz parte do meu destino, não sei se é paranoia mas sinto que já magoei mais pessoas do que fiz amigos e isso me fez perguntar: o que devo mudar para reverter essa situação?

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Liberdade Pós-Moderna

Vanguardistas de plantão a todo tempo nos dizendo o que significa estar na moda; essas garotas e esses caras que gostam de desafiar o senso comum, a moral “atrasada” e ditar o que é a vida pós-moderna, dizem com imponência imperial o que é agradável, o que deve ser aceitável. Eles são seres auto-explicativos, não precisam ser legitimados, eles são o que são: semi-deuses de uma sociedade decadente.

Vanguardistas, o que dizer de vocês meus caros? A crítica ácida ao que não deve ser mudado é uma prática constante, simplesmente porque a ideia de que há algo que não deva ser mudado é absurda pra vocês… A vanguarda pós-moderna é uma instituição caótica, é a mais sofisticada da história humana; essa vanguarda intelectualizada não é um grupo bem definido de doutrinas, não é uma igreja, não é o Papa e não é uma religião! A vanguarda pós-moderna que agora dá forma ao imaginário popular é desorganizada, descentralizada… é um conjunto de valores, uma filosofia de vida que prega a “liberdade” e nos obriga a aceitar essa liberdade-teleguiada enviada pelas suas televiões.

Liberdade pós-moderna é um produto vendido todos os dias em um site próximo a você, ela não admite diferentes, não admite o descontente, ela te obriga de um jeito politicamente correto a seguir no cabresto do pensamento produzido por uma minoria dominante.

Vanguarda pós-moderna dessa sociedade decadente pra que te quero? Se existes pra me obrigar a pensar como tu pensas, me desviando daquilo que considero mais sagrado, então te desprezo, não te quero! Liberdade é pensar, dizer o que se sente, de acordo com aquilo que se acredita, é viver em paz consigo mesmo e de consciência tranquila.

Liberdade? Modernidade? Você na verdade não sabe o que é ser consciente e não conhece a Verdade, simplesmente porque a sua verdade, na verdade, é um mero ponto de vista e ela depende da vista de quem vê. Liberdade e modernidade é, pra mim, abrir mão dessa socidade decadente…

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É Natal no Japão(?)

“Desejar um ‘Feliz Natal’ é algo comum em qualquer sociedade ocidental”, dizia o turista a um ouvinte observador em um ponto qualquer da capital japonesa Tokio. Todos aqueles lugares enfeitados na cidade, papais noeis por todos os lados e aquele consumo acelerado, muito consumo! Por incrível que pareça o oriente é também feliz no Natal!

O turista continua o seu discurso:

– Já entender o que significa esta expressão tornou-se algo raro.

– É difícil entender porque o Natal deve ser feliz? Indagou o ouvinte japonês. É fácil, esta é uma época muito alegre em que nós trocamos presentes e nos felicitamos! Nós gostamos muito do Natal aqui em Tokio!

A sincera resposta nipônica não surpreendeu o interlocutor que prosseguiu seu pensamento perguntando:

– Você já se sentiu feliz no natal por várias razões, assim como eu também, acredito que principalmente por conta das festas e de revermos pessoas queridas, que raramente temos oportunidade de encontrar durante o ano, entretanto, qual é o motivo do tão esperado encontro natalino?  Apenas a troca de presentes? Apenas aguardar o feriado mundial pelo prazer consumista que nos consome nesta época do ano? Algum dia existiu qualquer razão especial para que as pessoas se reunissem em torno de uma mesa e celebrassem com seus amigos mais íntimos?

Ora, o amigo japonês olhou para os lados, engoliu fundo e sugeriu de maneira tímida:

– O nascimento de Jesus… – Mas prosseguiu firmemente – O que tem de tão especial no nascimento deste Jesus? Eu gosto de comprar presentes para os meus amigos!

Esta é um diálogo comum que poderia ter acontecido em qualquer país cristão do lado ocidental do planeta. E é aí que nos encontramos todos, em um infeliz ponto comum: ambos os lados do planeta entendem e fazem esta mesma pergunta todos os anos e afirmam

– O nascimento de Jesus não é tão especial assim! Na verdade o que importa é celebrar a união, a amizade, a tolerância e o amor.

Um crime em forma de poesia, eu diria!

O nascimento de Jesus Cristo é o apogeu da raça humana, o ponto central de toda a história, e inclusive é o reinicio do calendário ocidental; afinal se estamos entrando em 2011 é porque há 2011 anos, na cruz, a promessa de Deus aos homens se cumpriu: fomos ligados novamente ao Altíssimo atraves do sangue de Jesus Cristo.

Presentes? Ele se fez presente a toda a raça humana e nos deus a vida eterna. É o melhor presente que um amigo pode dar ao seus amados. União? Deus se fez homem, o mais simples de todos, nasceu em uma manjedoura, para o escândalo de todos os fariseus. Uniu-se a nós da maneira mais humilde e sublime possível. Tolerância? Ele disse a todos: Vinde a mim vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei!  Abriu as portas do céu a todo a quele que nele crer, para que não pereça, mas tenha a vida eterna. E por fim: Amor! Amou-nos de tal maneira que foi morto na cruz, para que nós, pudessemos participar da eternidade com ele.

E acima de tudo, Ele te permitiu escolher.

É por isto que Natal é Feliz. É por isso que se deve ser Feliz no natal, porque o próprio Deus, criador do universo te amou de tal maneira que nos deu Jesus Cristo, para nascer um dia entre os homens, morrer como forma de sacrifício e ressuscitar de maneira triunfal, para te fazer viver pra sempre!

Seja Feliz de verdade no Natal! Intensifique sua compreensão sobre o Natal.

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (João 1:1)

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Despedida

Sentir o coração partir quando se está indo embora não é fácil. Deixar algo que se ama para tras, e seguir a vida como se aquilo que aconteceu nunca tivesse existido. Não, não é simples esquecer.

Na verdade não se esquece. Há algo de sobrenatural nas relações humanas: sem tocar em uma pessoa, apenas com a convivência, deixamos um pedaço nosso nelas e elas nos deixam um pedaço, e quando a gente se separa, é como se esses pedaços que ficaram trocados sentissem falta um do outro. É a incompletude. É preciso aceitar o fato de que sempre seremos incompletos, sempre sentiremos saudades do que passou, e das pessoas que passaram.

É importante deixar ir. Mas é mais  importante deixar-se ir. Nem que seja na base da briga, não é possível tentar estender relações que já morreram, ou tentar reviver épocas que já passaram. O tempo é implacável e muda tudo, sem pedir licença. Quando o fim chega, é preciso aceitar e terminar de uma vez por todas aquilo que já está terminado.

Só assim é possível partir para coisas novas, e se abrir de um jeito diferente para vida. Sem permitir que as pessoas nos deixem e que nós deixemos as pessoas, é impossível viver, é impossível seguir viagem.

Despeça-se daquilo que já não faz mais sentido, e deixe terminar aquilo que já acabou. Parece óbvio mas não é. Libertar-se do passado é conhecer as novas possibilidades do futuro.

Apesar da dor, que venha o que é novo.

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Navegar é preciso

Quantas vezes a gente olha pra tras
pra tentar entender o que aconteceu,
ou quantas vezes a gente olha pra frente
pra tentar prever o que acontecerá.
Os ventos vão e a gente não sabe pra onde,
nada dizem, nem de onde vem, nem pra onde vão.
As pessoas que passam por nós na rua,
são as mesmas que nunca mais veremos.
Mas, quando se descobre que o agora é
o único instante em que se pode fazer alguma coisa acontecer realmente.
Aí então,  entendemos que só o agora existe.
Hoje é consequencia de ontem.
O amanhã é consequência de hoje.
A intenção é que determina a ação,
e a ação determina o que será.
O que foi determina o que é,
e o que é muda o que será.
Agir conscientemente é guiar-se (seguro?)
rumo ao desconhecido
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Winners and losers

“Os cães ladram e a caravana passa”

— Ditado árabe

Como é difícil perder. Mais difícil ainda é extrair um aprendizado com uma eventual derrota. Mas é exatamente isso que os vencedores fazem: de cabeça erguida após uma derrota eles olham com frieza para o resultado e focam sempre no que poderiam ter feito para virar o jogo, e jamais reclamam do que fizeram contra eles para que eles tivessem sofrido uma derrota.

Não entendeu? É simples, vencedores não são vítimas circunstanciais nunca. Mesmo quando derrotados eles sabem que a culpa pela derrota é unica e exclusivamente deles. Enquanto os perdedores se lamentam, reclamam, culpam as sazonalidades por conta de uma derrota, vencedores sabem que poderiam ter ganho o jogo se tivessem tido uma atitude diferente e superam a derrota com uma analise fria do que deveriam ter feito.

Deste modo, vencedores nunca são feitos, eles se fazem. Vencem a si mesmos antes de vencer os outros. Na outra ponta os perdedores são feitos, sempre! A culpa nunca é deles, e eles sempre vêem alguém como responsável pela sua fraqueza. Não é por acaso que dizem os árabes: “Os cães ladram e a caravana passa”.

 

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Sobre o Amor…

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” – Fonte

Mais que uma visão romântica, amar dessa maneira é um objetivo, um estilo de vida. A vida baseada em valores passageiros é sem sentido. Valores que realmente ficam, que são pedra fundamental da existencia de qualquer ser humano é que fazem toda a diferença e o amor é um deles.

Amar não se restringe somente a namorada, a esposa. Amar a pessoa ao lado, amar o cara que você não conhece. Amar qualquer um que seja igual a você: gente com sentimentos, com sofrimentos. Amar ao próximo como a si mesmo, e para quem acredita, a Deus acima de todas as coisas. É assim que deve ser.

A visão dominante é a de que se não deu certo (a amizade, o namoro, o trabalho), devemos simplesmente deixar para trás. Discordo. Se não deu certo de um jeito, faremos dar certo de outro. Amizade é uma entidade imortal (ou deveria ser). Não podemos abrir mão das relações que construimos assim sem mais nem menos, por mais que seja difícil manter determinados vínculos às vezes; é preciso ter certeza de que, apesar dos nossos erros, a amizade sempre continua e o aprendizado também.

Afinal, ninguém disse que seria fácil viver do jeito certo.

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